O capitão Antônio da Cruz Amorim Castro, comandante da 2ª Companhia do 12º Batalhão de Polícia Militar em Carolina-MA, foi denunciado por ameaça de morte sob mira ostensiva de arma de fogo, além de assédio, perseguição e coação de testemunha contra policiais militares em boletins de ocorrência registrados na Delegacia de Polícia Civil do município, que já investiga o caso.
De acordo com os registros, em 31 de maio, o capitão Castro, como é mais conhecido o comandante da 2ª CIA da PM, teria ameaçado de morte com uso ostensivo de arma de fogo o soldado PM Maiko Brian Silva Bezerra, a quem também teria feito perseguição e assédio no ambiente de trabalho.
A ameaça, de acordo com o relato do soldado Maiko na Delegacia, ocorreu após um desentendimento sobre a devolução de munição para armazenamento. Maiko contou que foi surpreendido pela reação agressiva do capitão Castro. “Visivelmente alterado e portando arma de fogo, passou a proferir ameaças de morte contra o comunicante em alto tom de voz afirmando: “Vou te matar, Soldado Maiko. Você vai se ver comigo. Cuidado aonde pisa que vou acabar contigo”, consta no Boletim de Ocorrência.
Na sequência, conforme o registro no BO, se aproximaram o cabo Bandeira e o soldado Deomar, que testemunharam as ameaças. O soldado Maiko garantiu à Polícia Civil que em nenhum momento reagiu de forma verbal ou física às ameaças do capitão Castro, limitando-se a dizer que denunciaria o ocorrido. “Diante disso, o CAP QOPM Castro afirmou que, caso fosse denunciado, passaria a perseguir ainda mais o comunicante, infernizando sua vida e providenciando sua remoção do atual local de trabalho (...) Finaliza relatando que está psicologicamente abalado e teme por sua vida em razão das ameaças sofridas“, consta do Boletim de Ocorrência.
Em depoimento à Polícia Civil, o soldado Deomar confirmou o relato de Maiko e afirmou ter presenciado as ameaças do capitão Castro ao militar. Já o policial militar Edson, que também presenciou as ameaças a Maikon, relatou na Delegacia que se sentia constrangido, com sensação de insegurança e temendo represálias após ter sido convocado pelo capitão Castro à 2ª CIA da PM, quando este tentou demovê-lo de prestar depoimento como testemunha do caso.